Exibir:  Não Julgados JULGADOS
PROCESSO ADMINISTRATIVO ELETRÔNICO - ALTERA A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E O REGULAMENTO INTERNO DA SECRETARIA DO TRE-RS.
8 SEI - 0006891-70.2021.6.21.8000

Des. Arminio José Abreu Lima da Rosa

Porto Alegre

SEGREDO DE JUSTIÇA

<Não Informado>

PROCESSO ADMINISTRATIVO ELETRÔNICO - APROVA O PLANO ESTRATÉGICO DO TRE-RS PARA O PERÍODO 2021-2026.
7 SEI - 0004764-62.2021.6.21.8000

Des. Arminio José Abreu Lima da Rosa

TRE-RS

SEGREDO DE JUSTIÇA

<Não Informado>

PRESTAÇÃO DE CONTAS - DE CANDIDATO. CARGO - VEREADOR. CONTAS - DESAPROVAÇÃO/REJEIÇÃO DAS CONTAS.
6 REl - 0600381-32.2020.6.21.0044

Des. Federal Luís Alberto D`Azevedo Aurvalle

Santiago-RS

ELEICAO 2020 ALEXSANDRA TERRA DA ENCARNACAO VEREADOR (Adv(s) ALESSON DE MELO OAB/RS 0087354, GRAZIELA FORTES DA ROCHA OAB/RS 0070433, LUIZ FELIPE BIERMANN PINTO OAB/RS 0058154 e OTAVIO AUGUSTO BOLZAN PINTO OAB/RS 0112693) e ALEXSANDRA TERRA DA ENCARNACAO (Adv(s) ALESSON DE MELO OAB/RS 0087354, GRAZIELA FORTES DA ROCHA OAB/RS 0070433, LUIZ FELIPE BIERMANN PINTO OAB/RS 0058154 e OTAVIO AUGUSTO BOLZAN PINTO OAB/RS 0112693)

<Não Informado>

Votação não disponível para este processo.

RELATÓRIO

Trata-se de recurso (ID 28969333) interposto por ALEXSANDRA TERRA DA ENCARNAÇÃO contra sentença do Juízo da 044ª Zona Eleitoral de Santiago que desaprovou as contas da recorrente, com fulcro no art. 74, inc. III, da Resolução TSE n. 23.607/19, em virtude do descumprimento do prazo de 10 dias, a contar da concessão do CNPJ de campanha, para abertura de conta bancária específica (ID 28969133).

Em suas razões, a recorrente sustenta: (i) a ausência de intimação válida para manifestar-se  acerca da irregularidade apontada no relatório preliminar de diligências; (ii) a apresentação da prestação de contas dentro do período previsto – a documentação contábil observou os termos da Resolução TSE n. 23.607/19; (iii) a abertura da conta bancária exclusivamente para receber recursos oriundos do FEFC, providência tomada no momento em que houve a necessidade de recebimento dos valores; (iv) que a abertura da conta FEFC após o prazo de 10 dias da concessão do CNPJ não contraria qualquer dispositivo legal ou regulamentar; e (v) a abertura da conta-corrente para recebimento de Doações para Campanha de Outros Recursos dentro do prazo de 10 dias previstos na citada resolução. Requer o provimento ao recurso, para que, reformada a sentença, sejam as contas aprovadas.

A Procuradoria Regional Eleitoral, em parecer, opinou pelo conhecimento e pelo provimento do recurso (ID 40516283).

É o relatório.

 

RECURSO. ELEIÇÕES 2020. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESAPROVAÇÃO. CANDIDATA. CARGO DE VEREADOR. DESCUMPRIMENTO DO PRAZO PARA ABERTURA DE CONTA BANCÁRIA ESPECÍFICA. NÃO ACOLHIDA A ALEGAÇÃO DE NULIDADE POR AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADE. REFORMA DA SENTENÇA. APROVAÇÃO DAS CONTAS. PROVIMENTO.

1. Insurgência contra sentença que desaprovou as contas, com fulcro no art. 74, inc. III, da Resolução TSE n. 23.607/19, em virtude do descumprimento do prazo de 10 dias, a contar da concessão do CNPJ de campanha, para abertura de conta bancária específica.

2. Não acolhida a alegação de nulidade por ausência de intimação para manifestar-se sobre a irregularidade apontada no relatório preliminar. Certidão demonstra que a parte foi intimada e deixou o prazo transcorrer in albis. Ademais, o mérito recursal é favorável à recorrente, hipótese em que aplicável o art. 219 do Código Eleitoral.

3. A falta de abertura da conta bancária para o recebimento de doações de campanha, ou mesmo o atraso injustificável, de fato contraria a norma eleitoral, o que configura irregularidade grave, na linha da jurisprudência do egrégio Tribunal Superior Eleitoral. Todavia, a recorrente demonstrou ter aberto a conta bancária dentro do prazo, ao contrário do que apontado no parecer conclusivo e na sentença recorrida. Não há irregularidade na prestação de contas. Reforma da sentença. Aprovação das contas.

4. Provimento.

Parecer PRE - 40516283.html
Enviado em 2021-08-05 00:01:36 -0300
Não há memoriais para este processo
Não há sustentações orais para este processo

Por unanimidade, deram provimento ao recurso para aprovar as contas.

PRESTAÇÃO DE CONTAS - DE CANDIDATO. CARGO - PREFEITO. CONTAS - DESAPROVAÇÃO/REJEIÇÃO DAS CONTAS.
5 REl - 0600357-30.2020.6.21.0100

Des. Eleitoral Oyama Assis Brasil de Moraes

Água Santa-RS

ELEICAO 2020 EDUARDO PICOLOTTO PREFEITO (Adv(s) CASSIANO RIZZATTO OAB/RS 0061563, LUIS RICARDO BIANCHIN MAGNAN OAB/RS 0068315 e MARCOS ROBERTO DAMO OAB/RS 0065456), EDUARDO PICOLOTTO (Adv(s) CASSIANO RIZZATTO OAB/RS 0061563, LUIS RICARDO BIANCHIN MAGNAN OAB/RS 0068315 e MARCOS ROBERTO DAMO OAB/RS 0065456), ELEICAO 2020 ADEMIR FAVARETTO VICE-PREFEITO (Adv(s) CASSIANO RIZZATTO OAB/RS 0061563, LUIS RICARDO BIANCHIN MAGNAN OAB/RS 0068315 e MARCOS ROBERTO DAMO OAB/RS 0065456) e ADEMIR FAVARETTO (Adv(s) CASSIANO RIZZATTO OAB/RS 0061563, LUIS RICARDO BIANCHIN MAGNAN OAB/RS 0068315 e MARCOS ROBERTO DAMO OAB/RS 0065456)

<Não Informado>

Votação não disponível para este processo.

RELATÓRIO

EDUARDO PICOLOTTO e ADEMIR FAVARETTO, candidatos eleitos aos cargos de prefeito e vice-prefeito no Município de Água Santa, recorrem da sentença do Juízo da 100ª Zona Eleitoral que desaprovou suas contas de campanha, relativas às eleições 2020, em razão da realização de gastos não comprovados com verbas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha – FEFC, determinando o recolhimento da quantia de R$ 300,00.

Nas razões, os recorrentes sustentam que o pagamento realizado com recursos do FEFC não importa em ato ímprobo ou desvio de finalidade dos valores públicos. Requerem o provimento do recurso, para a aprovação das contas.

Nesta instância, a Procuradoria Regional Eleitoral opinou pelo conhecimento e parcial provimento do recurso.

É o relatório.

RECURSO. ELEIÇÕES 2020. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESAPROVAÇÃO. CANDIDATOS. PREFEITO E VICE-PREFEITO. GASTOS NÃO COMPROVADOS COM VERBAS DO FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA – FEFC. PRODUÇÃO DE JINGLE DE CAMPANHA. EMISSÃO DE CHEQUE NOMINAL, NÃO CRUZADO. INEXISTÊNCIA DE NOTA FISCAL. MANTIDA A DETERMINAÇÃO DE RECOLHIMENTO DE VALORES AO TESOURO NACIONAL. VALOR IRRISÓRIO DA IRREGULARIDADE. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. APROVAÇÃO COM RESSALVAS.

1. Insurgência contra sentença que desaprovou contas de campanha relativas às eleições 2020, em razão da realização de gastos, não comprovados, com verbas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha – FEFC. Determinação de recolhimento da quantia utilizada ao Tesouro Nacional.

2. Ocorrência de emissão de cheque nominal, não cruzado, para pagamento de despesa com produção de jingle de campanha. Incontroverso que a regra do art. 38 da Resolução n. 23.607/19 foi desobedecida, pois o cheque foi sacado diretamente no caixa bancário, mediante endosso.

3. Fragilidade das provas apresentadas, construídas de forma unilateral e à margem do sistema indicado pela legislação de regência, inaptas a comprovar com segurança a destinação dos recursos públicos empregado na campanha. A inexistência de nota fiscal e a ausência de contraparte nominada em relação ao prestador de serviço de produção de jingle revela a inobservância do trânsito de valores entre contas exigido pela legislação. A comprovação segura da aplicação das verbas públicas usadas na campanha eleitoral se faz por meio dos documentos fiscais idôneos, corretamente preenchidos e movimentados conforme determinam as regras eleitorais, nos termos do art. 53, inc. II, al. "c", e art. 60, caput, da Resolução TSE n. 23.607/19. Mantida a determinação de recolhimento de valores ao Tesouro Nacional.

4. O valor irrisório da irregularidade e o baixo percentual da falha viabilizam a aplicação dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade e a consequente aprovação com ressalvas das contas, conforme orientação do Tribunal Superior Eleitoral.

5. Provimento parcial.

Parecer PRE - 40089233.html
Enviado em 2021-08-05 00:01:30 -0300
Não há memoriais para este processo
Não há sustentações orais para este processo

Por unanimidade, deram provimento parcial ao recurso para aprovar as contas com ressalvas, mantendo a determinação de recolhimento ao Tesouro Nacional. 

PRESTAÇÃO DE CONTAS - DE CANDIDATO. CARGO - VEREADOR.
4 REl - 0600343-40.2020.6.21.0005

Des. Eleitoral Amadeo Henrique Ramella Buttelli

Alegrete-RS

ELEICAO 2020 EDSON ROBERTO CHERVENSKI MORAES VEREADOR (Adv(s) MATHEUS BONENBERGER DOMINGUES OAB/RS 0081442) e EDSON ROBERTO CHERVENSKI MORAES (Adv(s) MATHEUS BONENBERGER DOMINGUES OAB/RS 0081442)

<Não Informado>

Votação não disponível para este processo.

RELATÓRIO

Trata-se de recurso interposto por EDSON ROBERTO CHERVENSKI MORAES, candidato ao cargo de vereador no Município de Alegrete, contra a sentença proferida pelo Juízo da 5ª Zona Eleitoral que julgou desaprovadas as suas contas relativas às eleições de 2020, em virtude da omissão de receitas e despesas eleitorais, com fundamento no art. 74, inc. III, da Resolução TSE n. 23.607/19.

Em suas razões, o recorrente arguiu, preliminarmente, a nulidade do processo, por não ter sido intimado a apresentar defesa ao parecer conclusivo por meio de publicação de nota de expediente no Diário da Justiça Eletrônico (DJe). No mérito, referiu que as receitas eleitorais omitidas nos demonstrativos contábeis são derivadas do seu próprio patrimônio e que a contratação e o pagamento das despesas restaram esclarecidos nos autos, juntando prestação de contas retificadora e documentos. Requereu, ao final, a declaração da nulidade processual, com a reabertura do prazo para a regularização das falhas e, caso superado o vício, o recebimento da prestação de contas retificadora acostada em grau recursal, reformando-se a sentença ao efeito de sua contabilidade ser aprovada sem ressalvas.

Nesta instância, a Procuradoria Regional Eleitoral opinou pelo conhecimento e provimento parcial do recurso para que seja acolhida a alegação prefacial de nulidade da sentença, remetendo-se os autos ao primeiro grau para a análise da prestação de contas retificadora apresentada pelo candidato.

 Em parecer retificador apresentado em 04.08.2021, o Procurador Regional Eleitoral opina preliminarmente, pelo conhecimento do recurso e rejeição da preliminar suscitada e, no mérito, pelo seu desprovimento.

É o relatório.

 

 

 

RECURSO. ELEIÇÕES 2020. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESAPROVAÇÃO. CANDIDATO. CARGO DE VEREADOR. OMISSÃO DE RECEITAS E DESPESAS ELEITORAIS. NOVOS DOCUMENTOS JUNTADOS NA FASE RECURSAL. AFASTADA PRELIMINAR DE NULIDADE. AUSÊNCIA DE REGISTRO NOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS. TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA IDENTIFICADA COM O NOME E O NÚMERO DO CPF DO CANDIDATO. ERRO FORMAL NA ELABORAÇÃO DA CONTABILIDADE. DOCUMENTOS ADMISSÍVEIS À DEMONSTRAÇÃO DAS DESPESAS ELEITORAIS. IDENTIFICAÇÃO COM O NOME E O NÚMERO DE CNPJ DO PRESTADOR DE SERVIÇOS. DOCUMENTO FISCAL IDÔNEO. PRESERVADA A ATIVIDADE FISCALIZATÓRIA DA JUSTIÇA ELEITORAL. APROVAÇÃO COM RESSALVAS. PARCIAL PROVIMENTO.

1. Insurgência contra sentença que julgou desaprovadas contas relativas às eleições de 2020, em virtude da omissão de receitas e despesas eleitorais, com fundamento no art. 74, inc. III, da Resolução TSE n. 23.607/19.

2. No âmbito dos processos de prestação de contas, expedientes que têm preponderante natureza declaratória e possuem como parte apenas o prestador, este Tribunal tem concluído, em casos excepcionais, com respaldo no art. 266, caput, do Código Eleitoral, pela aceitação de novos documentos, acostados com a peça recursal e não submetidos a exame do primeiro grau de jurisdição, quando sua simples leitura possa sanar irregularidades e não haja necessidade de nova análise técnica. Não conhecida a prestação de contas retificadora, uma vez que demandaria a realização de exame pormenorizado dos lançamentos contábeis em cotejo com os extratos bancários, atividade de competência dos juízes eleitorais de primeira instância nas eleições municipais, que não pode ser suprimida por este Colegiado em sede recursal (TRE-RS, RE n. 44135, Relator DR. SILVIO RONALDO SANTOS DE MORAES, DEJERS de 07.12.2017, p. 6). Conhecimento da documentação acostada consistente em cópia de cheques, notas fiscais eletrônicas, recibos e comprovantes de transferências bancárias, por serem de fácil análise e pertinentes ao saneamento das falhas identificadas no presente caso.

3. Afastada a preliminar de nulidade do ato intimatório para manifestação acerca do parecer conclusivo. Por força do disposto no art. 26, § 4º, da Resolução TRE-RS n. 347/20, após o encerramento do período eleitoral com a diplomação dos eleitos, as intimações nos processos de prestação de contas relativos às eleições de 2020 passaram a ser realizadas diretamente no Sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe), dispensando-se a publicação do ato no DJe e, até 12.02.2021, a observância do prazo de ciência de 10 (dez) dias, previsto no art. 5º, § 3º, da Lei n. 11.419/06, em consonância com o art. 51, caput, da Resolução TRE-RS n. 338/19. Na hipótese, o candidato foi intimado do despacho judicial para apresentar defesa ao parecer conclusivo por intermédio de ato de comunicação no PJe, em conformidade com o referido regramento.

4. Identificado o uso de recursos próprios do candidato no financiamento da campanha sem o correspondente registro nos demonstrativos contábeis, em violação ao disposto no art. 53, inc. I, al. c”, da Resolução TSE n. 23.607/19. A falha, todavia, não macula a transparência dos procedimentos arrecadatórios no caso concreto, uma vez que o montante em referência ingressou na conta-corrente da campanha por meio de transferência eletrônica identificada com o nome e o número do CPF do candidato, restando, por conseguinte, atendida a normativa posta no art. 21, § 1º, da Resolução TSE n. 23.607/19.

5. Constatada a realização de despesas com combustíveis sem o correspondente registro de  cessão de veículo. Caracterizado mero erro formal na elaboração da contabilidade com a omissão do registro da cessão de bem integrante do patrimônio do candidato, não ensejando a desaprovação das contas, nos moldes do art. 76 da Resolução TSE n. 23.607/19. O dispêndio eleitoral com combustível foi pago por meio de cheque compensado em favor de fornecedor registrado no demonstrativo das despesas efetuadas, permitindo a identificação precisa da destinação dada à receita arrecadada.

6. Verificada ausência de escrituração contábil de doze despesas eleitorais identificadas no extrato eletrônico da conta-corrente da campanha, a maioria relacionada à prestação de serviços de cabo eleitoral por pessoas físicas. A falta de anotação contábil desses gastos não impediu a elucidação segura e confiável da destinação conferida às receitas arrecadadas pelo candidato para o custeio da sua campanha, importando referir que o art. 60, § 1º, inc. II, da Resolução TSE n. 23.607/19 elenca o comprovante da efetiva prestação do serviço como um dos documentos admissíveis à demonstração das despesas eleitorais. Ademais, as modalidades de pagamento utilizadas pelo candidato permitiram verificar que os beneficiários dos créditos foram os firmatários dos recibos de pagamento, exceto no que respeita a duas despesas, falhas desprezíveis no conjunto das despesas com pessoal contratado para atos de militância política.

7. Ocorrência de duas despesas eleitorais que se encontram embasadas em notas fiscais, atestando a contratação do serviço de confecção de material de propaganda para a campanha. Nada obstante ter sido descumprida a norma inserta no art. 38, inc. I, da Resolução TSE n. 23.607/19 em relação a uma dessas despesas, as operações de compensação de ambas as cártulas foram identificadas com o nome e o número de CNPJ do prestador de serviços, com o que se viabilizou o rastreamento entre os gastos eleitorais e o beneficiário dos recursos, preservando-se a confiabilidade das informações prestadas a esta Especializada no decorrer do processo.

8. Apurada omissão de despesa contraída perante empresa, a qual constitui objeto de nota fiscal disponibilizada na base de dados da Justiça Eleitoral. Além de o candidato ter provado a contratação do gasto eleitoral por meio de documento fiscal idôneo, nos moldes do art. 60, caput, da Resolução TSE n. 23.607/19, o seu pagamento ocorreu mediante a compensação de cheque em favor do mencionado prestador de serviços, inexistindo dúvida quanto ao emprego da verba eleitoral.

9. Preservada a atividade fiscalizatória da Justiça Eleitoral sobre as movimentações financeiras realizadas durante a campanha, as inconformidades adquirem um contorno preponderantemente formal, autorizando a aprovação das contas com ressalvas, na esteira de precedente deste Regional.

10. Parcial provimento.

Parecer PRE - 43465983.html
Enviado em 2021-08-05 00:01:25 -0300
Parecer PRE - 28234533.html
Enviado em 2021-08-05 00:01:25 -0300
Não há memoriais para este processo
Não há sustentações orais para este processo

Por unanimidade, afastaram a preliminar e deram parcial provimento ao recurso, para aprovar as contas com ressalvas.

PRESTAÇÃO DE CONTAS - DE CANDIDATO. CARGO - VEREADOR. CONTAS - DESAPROVAÇÃO/REJEIÇÃO DAS CONTAS.
3 REl - 0600430-96.2020.6.21.0004

Des. Eleitoral Gerson Fischmann

Campos Borges-RS

ELEICAO 2020 DIONI JUNIOR RIBEIRO VEREADOR (Adv(s) HUGO RENATO PERIN TOLEDO OAB/RS 70067) e DIONI JUNIOR RIBEIRO (Adv(s) HUGO RENATO PERIN TOLEDO OAB/RS 70067)

<Não Informado>

Votação não disponível para este processo.

RELATÓRIO

Trata-se de recurso interposto por DIONI JUNIOR RIBEIRO, candidato ao cargo de vereador no Município de Campos Borges/RS, contra a sentença proferida pelo Juízo da 004ª Zona Eleitoral que desaprovou suas contas relativas ao pleito de 2020, em virtude do excesso de aplicação de receitas próprias na campanha, superando em R$ 119,23 o limite de gastos com autofinanciamento, fixando-lhe multa de 100% da quantia excedente, a ser recolhida ao Tesouro Nacional (ID 28833633).

Em suas razões, alega que arrecadou recursos próprios de R$ 1.350,00, mas que somente utilizou o valor de R$ 1.304,72, uma vez que devolveu a importância de R$ 45,28 como sobras de campanha. Defende ter efetivamente usado apenas a cifra de R$ 73,22 em benefício da candidatura, e não R$ 119,23 como referido na sentença. Alega que a multa do art. 27, § 1º, da Resolução TSE n. 23.607/19 se refere somente aos recursos utilizados na campanha. Argumenta que prestou suas contas de forma transparente, completa e realista, ainda que tenha extrapolado o limite legal para o autofinanciamento. Assinala que a quantia ultrapassada é diminuta e não compromete a regularidade das contas a ponto de desaprová-las, circunstância que enseja a reforma da sentença. Postula o provimento do recurso e a aprovação das contas sem a aplicação da penalidade e, subsidiariamente, a aprovação das contas com redução da multa para R$ 73,22 (ID 28834033).

A Procuradoria Regional Eleitoral opina pelo parcial provimento do recurso, para aprovar as contas com ressalvas, reduzindo-se o valor da multa para R$ 73,95 (ID 38860833).

É o relatório.

RECURSO. ELEIÇÕES 2020. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESAPROVAÇÃO. CANDIDATO. CARGO DE VEREADOR. EXCESSO DE DOAÇÃO DE RECURSOS PRÓPRIOS NA CAMPANHA. TESE RECURSAL NÃO ACOLHIDA. O LIMITE DE AUTOFINANCIAMENTO NÃO SE APLICA EXCLUSIVAMENTE ÀS DESPESAS REALIZADAS. IRREGULARIDADE EM PERCENTUAL E QUANTIA ABSOLUTA POUCO EXPRESSIVOS. INCIDÊNCIA DOS POSTULADOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. MANTIDA A MULTA FIXADA NO PERCENTUAL DE 100% DA QUANTIA EM EXCESSO. CORREÇÃO, DE OFÍCIO, DE ERRO MATERIAL DA SENTENÇA. APROVAÇÃO COM RESSALVAS. PARCIAL PROVIMENTO.

1. Insurgência contra sentença que desaprovou contas relativas ao pleito de 2020, em virtude da extrapolação à utilização de recursos próprios na campanha. Aplicação de multa de 100% da quantia excedente.

2. O parâmetro para aferição do limite de autofinanciamento de cada cargo em disputa visa à igualdade de oportunidades, ainda que relativa, entre os concorrentes, ou seja, uma forma de mitigar eventuais desequilíbrios patrimoniais prévios dos candidatos, que poderiam interferir de modo substancial nos resultados da campanha.

3. Tese recursal não acolhida. Da leitura do art. 27, e seus parágrafos, da Resolução TSE n. 23.607/19, não se pode inferir que o limite de autofinanciamento se aplica exclusivamente às despesas realizadas, isto é, somente para o uso de valores no pagamento dos gastos eleitorais, uma vez que a norma se dirige a nivelar a receita financeira, o limite de arrecadação própria, haja vista que o § 4º estabelece multa para as doações acima dos limites fixados no artigo, sem ressalvas quanto ao efetivo uso no custeio da candidatura. Portanto, não procede o entendimento de que a penalidade de multa deve incidir somente nos casos em que houver efetivo pagamento de despesas custeadas com recursos próprios em excesso do limite de autofinanciamento. É no momento da doação, ou seja, do repasse dos recursos para a campanha e da disponibilização desses para custeio da candidatura, que se perfectibiliza a infração, ainda que, eventualmente, o valor não seja utilizado e passe a caracterizar sobra de campanha.

4. Considerando que a irregularidade, relativa ao excesso de autofinanciamento, representa 3,32% das receitas declaradas, em percentual e quantia absoluta pouco expressivos, o recurso comporta que as contas sejam aprovadas com ressalvas, em atenção aos postulados da razoabilidade e da proporcionalidade. Mantida a condenação ao pagamento de multa, que decorre exclusiva e diretamente do uso de recursos próprios acima do limite legal, na forma do art. 27, § 1º, da Resolução TSE n. 23.607/19. Aplicação no percentual de 100% da quantia em excesso se afigura razoável, adequada e proporcional à falha verificada.

5. Correção, de ofício, do erro material da sentença, que destinou o valor da multa para o Tesouro Nacional, pois a sanção por excesso do limite de autofinanciamento deve ser recolhida ao Fundo Partidário, na forma do art. 38, inc. I, da Lei n. 9.096/95.

6. Parcial provimento.

Parecer PRE - 38860833.html
Enviado em 2021-08-05 00:01:18 -0300
Não há memoriais para este processo
Não há sustentações orais para este processo

Por unanimidade, deram parcial provimento ao recurso, para aprovar as contas com ressalvas, mantendo a sanção de multa, reduzindo, de ofício, seu valor e determinando seu recolhimento ao Fundo Partidário.

PRESTAÇÃO DE CONTAS - DE CANDIDATO. CARGO - VEREADOR. CONTAS - DESAPROVAÇÃO/REJEIÇÃO DAS CONTAS.
2 REl - 0600523-36.2020.6.21.0044

Des. Eleitoral Silvio Ronaldo Santos de Moraes

Unistalda-RS

ELEICAO 2020 REGINA DA SILVA MARETOLI VEREADOR (Adv(s) DAIANE NICOLA MANARA OAB/RS 0074826) e REGINA DA SILVA MARETOLI (Adv(s) DAIANE NICOLA MANARA OAB/RS 0074826)

<Não Informado>

Votação não disponível para este processo.

RELATÓRIO

Trata-se de recurso interposto por REGINA DA SILVA MARETOLI, candidata ao cargo de vereador no Município de Unistalda, contra sentença do Juízo da 44ª Zona Eleitoral que desaprovou as suas contas referentes às eleições municipais de 2020, em face de divergências entre o que constava nos extratos eletrônicos e o que foi declarado à Justiça Eleitoral (ID 28928983).

Em suas razões, a recorrente afirma, no tocante ao gasto de R$ 60,00, que o cheque não foi emitido nominalmente ao fornecedor nem houve recomendação de que não fosse a cártula repassada a terceiros, o que acabou por acontecer. Quanto às despesas de R$ 120,00 e R$ 300,00, alega que estão devidamente comprovadas, tendo os cheques utilizados para pagamento sido emitidos aos respectivos fornecedores, consoante documentos constantes dos autos, de modo que “restam elucidadas e comprovadas as divergências apontadas pelo Juízo a quo”. Sustenta que, ainda que não fossem admitidos tais argumentos, não haveria razão para a desaprovação das contas, em vista de as circunstâncias reclamarem a aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Pugna, ao final, pelo provimento do recurso, para que as contas sejam aprovadas sem quaisquer ressalvas (ID 28929183).

A Procuradoria Regional Eleitoral opina pelo conhecimento e pelo provimento parcial do recurso, para que as contas sejam aprovadas com ressalvas (ID 40759733).

É o relatório.

RECURSO. ELEIÇÕES 2020. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESAPROVAÇÃO. CANDIDATA. CARGO DE VEREADOR. DIVERGÊNCIAS ENTRE A DECLARAÇÃO APRESENTADA À JUSTIÇA ELEITORAL E OS EXTRATOS ELETRÔNICOS. IRREGULARIDADE NO PROCEDIMENTO DE PAGAMENTO DA DESPESA. CARÁTER OBJETIVO DA NORMA. CHEQUE AO PORTADOR E NÃO CRUZADO. APLICAÇÃO DOS POSTULADOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. APROVAÇÃO COM RESSALVAS. PARCIAL PROVIMENTO.

1. Insurgência contra sentença que desaprovou as contas referentes às eleições municipais de 2020, em face de divergências entre o que constava nos extratos eletrônicos e o que foi declarado à Justiça Eleitoral.

2. A forma de pagamento dos dispêndios eleitorais encontra-se disciplinada no art. 38 da Resolução TSE n. 23.607/19. A norma em apreço possui caráter objetivo e exige, sem exceções, que o cheque manejado para pagamento de despesa eleitoral, ainda que com recursos privados, como na hipótese, seja cruzado e nominal ao fornecedor. In casu, a recorrente reconhece que a cártula foi emitida ao portador e sem cruzamento, de modo que resta incontroversa a irregularidade no procedimento de pagamento da despesa, por infração ao art. 38, inc. I, da Resolução TSE n. 23.607/19, ainda que o gasto esteja comprovado mediante nota fiscal. Inexistência de mácula nas demais despesas da prestação de contas.

3. Subsistência apenas de falha alusiva à forma de pagamento de despesa módica, que representa 2% do total de recursos arrecadados. Assim, seja considerando o critério do valor nominal diminuto, seja tomando-se a sua representatividade percentual sobre o conjunto das contas, mostra-se adequado, mediante a aplicação dos postulados da razoabilidade e da proporcionalidade, afastar o severo juízo de desaprovação das contas, a fim de aprová-las com ressalvas, na esteira da jurisprudência do egrégio TSE.

4. Parcial provimento.

 

Parecer PRE - 40759733.html
Enviado em 2021-08-05 00:01:13 -0300
Não há memoriais para este processo
Não há sustentações orais para este processo

 Por unanimidade, deram parcial provimento ao recurso, para aprovar as contas com ressalvas.

PRESTAÇÃO DE CONTAS - DE CANDIDATO. CARGO - VEREADOR.
1 REl - 0600537-89.2020.6.21.0021

Des. Francisco José Moesch

Estrela-RS

ELEICAO 2020 HUMBERTO CANIGIA RERIG VEREADOR (Adv(s) PATRICIA BUSNELLO VIANA DE OLIVEIRA OAB/RS 0069371) e HUMBERTO CANIGIA RERIG (Adv(s) PATRICIA BUSNELLO VIANA DE OLIVEIRA OAB/RS 0069371)

<Não Informado>

Votação não disponível para este processo.

RELATÓRIO

Trata-se de recurso interposto por HUMBERTO CANIGIA RERIG (ID 27403033), candidato ao cargo de vereador no Município de Estrela-RS, contra sentença do Juízo da 021ª Zona Eleitoral (ID 27402983), que aprovou com ressalvas suas contas relativas ao pleito de 2020, com fundamento no art. 74, inc. II, da Resolução TSE n. 23.607/19.

Em suas razões recursais, o candidato alega que a sentença deixa dúvidas sobre o acolhimento, pelo juízo, do contrato de cessão de veículo como prova inidônea, pois refere a falha como “formal”, incapaz de ensejar o comprometimento da regularidade das contas. Sustenta que, diante de tal fundamento, inexiste justificativa plausível para a aprovação das contas com ressalvas, uma vez que os tribunais têm entendido que este tipo de improbidade não possui o condão de reprovar as contas apresentadas, em homenagem aos princípios da proporcionalidade, da razoabilidade e da boa-fé, aliados ao valor ínfimo apontado. Por fim, requer a reforma da sentença para a aprovação das contas.

Nesta instância, com vista dos autos, a Procuradoria Regional Eleitoral manifestou-se pelo desprovimento do recurso (ID 30160733).

É o relatório.

RECURSO. ELEIÇÕES 2020. PRESTAÇÃO DE CONTAS. APROVAÇÃO COM RESSALVAS. CANDIDATO. CARGO DE VEREADOR. IRREGULARIDADE COM GASTO DE COMBUSTÍVEL. JUNTADA INTEMPESTIVA DO CONTRATO DE CESSÃO DO VEÍCULO. AUSÊNCIA DE SUBSCRIÇÃO PELAS PARTES. PROVA INIDÔNEA. DEVOLUÇÃO AO ERÁRIO NÃO DETERMINADA NA SENTENÇA NEM OBJETO DE RECURSO. OBEDIÊNCIA AOS PRINCÍPIOS DO TANTUM DEVOLUTUM QUANTUM APPELLATUM E DO NON REFORMATIO IN PEJUS. INCIDÊNCIA DOS POSTULADOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. DESPROVIMENTO.

1. Insurgência contra sentença que aprovou com ressalvas as contas relativas ao pleito de 2020, com fundamento no art. 74, inc. II, da Resolução TSE n. 23.607/19. Indicada irregularidade com gasto de combustível, sem o registro da cessão/locação de veículo, publicidade com carro de som ou utilização de gerador de energia.

2. Inobservância do comando do § 11 do art. 35 da Resolução TSE n. 23.607/19. Embora o candidato tenha alegado a utilização de veículo cedido, juntando intempestivamente o contrato correspondente, tal prova não se mostra idônea para afastar a irregularidade apontada. A apresentação extemporânea, sem registro e contabilização na campanha e sem comprovação quanto à efetiva data em que subscrito pelas partes não constitui prova hábil a desconstituir os fundamentos da sentença.

3. Tendo em vista que não foram utilizados recursos públicos para o gasto em questão e que este deriva de doações lícitas, dentro dos limites legais, não há que se falar em devolução ao Tesouro Nacional.

4. Embora o valor gasto irregularmente com combustível constitua sobra de campanha, situação que implicaria o dever de transferência ao partido do candidato, nos termos do inc. I, c/c § 1º, ambos do art. 50 da Resolução TSE n. 23.607/19, diante da ausência de determinação na sentença e de recurso nesse sentido, não cabe a esta Corte a análise da matéria e eventual condenação, em obediência aos princípios de tantum devolutum quantum appellatum e non reformatio in pejus.

5. Uma vez que a irregularidade representa apenas 9,06% das receitas declaradas, ficando, portanto, abaixo do percentual de 10%, correta decisão a quo pela aprovação das contas com ressalvas, aplicando os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, na esteira da jurisprudência desta Corte e do TSE. Manutenção da sentença.

6. Desprovimento.

Parecer PRE - 30160733.html
Enviado em 2021-08-05 00:01:07 -0300
Não há memoriais para este processo
Não há sustentações orais para este processo

Por unanimidade, negaram provimento ao recurso.

Próxima sessão: ter, 10 ago 2021 às 14:00

.80c62258